Pensamentos escritos em noites frias

Wednesday, November 24, 2004

Algumas perguntas pertinentes...

Vez ou outra, enquanto nos pomos a pensar, surgem perguntas cujas respostas além de equivocadas e discutíveis podem não ser inteiramente verdadeiras, levando-se em conta que o que nós pensamos é proveniente do nosso raciocínio, e isso é extremamente particular, nossa mente é composta por ligações químicas as quais dependem das situações por nós vivídas. Uma dessas indagações surgiu hoje enquanto lia um texto de um caderno de jornal na volta para casa, ei-la:
Por que Deus vive, ou mora no céu? Porque ele não mora numa gruta em Bertioga? - ou então em algum lugar na península do Yucatã, ou em Jerusalém, propriamente dita. Isso não importa, o mérito da minha questão está na afirmação de que ele vive no céu. Porque o céu? O que é o céu? O que tem lá, e o mais importante, o que não tem? Lá não tem.
O céu é o limite da vida conhecida pelos seres humanos, é uma janela ao desconhecido, ao temido, as incertezas e inseguranças mais profundas da filosofia intelectual humana. O céu que nós temos em mente nem mesmo existe, não passa de uma ilusão de óptica, um fenômeno físico causado pelas partículas de água em suspensão, transformando gases em uma "capa".
A partir do texto lido uma verdade pode ser escrita, o céu é a fronteira para o espaço, e este por sua vez, em toda a sua infinita imensidão, faz com que, nós, meros mortais hipócritas e prepotentes, vejamos qual o nosso real tamanho, o quão insignificante somos para a manutenção da continuidade universal. Somos um minúsculo ponto no meio de um vázio permanente.
Talvez tenham colocado Deus morando lá para evitar certos tipos de crises existencialistas oriundas de pensamentos como estes, principalmente na escuridão da noite, onde podemos ver o maravilhoso brilho das estrelas, quantas há no céu? Será que não há mais? Menos? Quantas? Onde? E porquê?
Mas essa discussão fica para um próximo devaneio de minha mente.

Sunday, November 21, 2004

Me sinto bem,
hoje os meus olhos estavam verdes
mais verdes do que nunca
não sei bem ao certo se eles refletiam
o brilho da minha alma
ou se apenas eram os raios solares
que os atingiam com mais veemência
fato é que eles estavam verdes
como folhas de uma árvore,
como as águas do litoral da Bahia
e que saudades eu tenho daquela terra
lugar que eu nunca estive
mas que não é condição para sentir-se falta
como também, consigo sentir a brisa de Isla Negra
terra querida e bem amada
do meu grande poeta imortal para mim
Pablo Neruda
mestre, ainda irei visitar-te ao túmulo
levarei rosas e flores para adornar o sepulcru
e tirarei a poeira de sua casa na praia
como pensariam os ricos de alma
ou diriam os grandes de espírito
somos o que somos
porque deixamos de ser o que éramos!

Tuesday, November 16, 2004

Primeiramente eu gostaria de dizer que, caso você, meu caro leitor, seje uma pessoa ignorante, tenha consciência que eu te invejo, gostaria de poder possir tamanha alienação ao mundo ao nosso redor, ser conivente com todos os tipos de injustiças e desgraças humanas e ainda por cima, conseguir sorrir e não se importar, sendo assim, você confirma, doravante sem apresentar nenhuma síntese, a minha tese de que a felicidade é inversamente proporcional à inteligência.

Agora o meu post:

Um insulto a minha integridade psicológica.

O que é a realidade? O que é a nossa vida?
Para mim, a realidade não passa de uma mentira, algo baseado em desejos e situações ilusórias probenientes das nossas vontades, movimentos da nossa mente que visam conter nosso desejo de pôr um fim a todo o sofrimento e melancolia da espécie humana.
Felicidade, esperança, rancor, ódio, sorrisos e lágrimas, alguns dos mais diversos instrumentos usados pelo nosso subconsciente para adornar as nossas ínfimas vidas. Tudo não passa de um nada. É contraditório parar para pensar em um significado para a vida se afirmo que ela não passa de uma grande mentira.
Sentimentos, relações pessoais, o que é tudo isso senão ligações químicas que constam em nossos sistemas; senão uma mistura de neurotransmissores descarregados e regulados por esse mesmo sistema que tem por função ludibriar o ser humano.
É tudo falso. A natureza através do processo evolutivo cultivou esse método de "auto-preservação humana", e sendo assim, como podemos exercer o livre arbítrio se a nossa liberdade está condicionada a um controle psico-biológico que age na obscuridade do nosso subconsciente?
Tenho sorte de ver que em mim houve uma falha no processo de maturação desse sistema porque ele deveria me proteger deste tipo de confabulação supra egocêntrica, mas como visto, não conseguiu, dando a mim essa visão da minha realidade, uma visão nua e crua, insensível e bruta.

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Eu sei que esse tipo de coisa pode parecer muito injusta para com algumas pessoas, pode parecer que eu estou apenas passando por uma crise existencial, só mais uma prova de auto-afirmação perante mim mesmo, um pensamento egoísta, não me importando com os sentimentos alheios. Algumas pessoas choram quando estão tristes, algumas pessoas bebem, outras batem, outras correm, algumas fogem, e eu, diferentemente de todas essas, eu escrevo, meus fiéis leitores, se é que eu possuo algum, sabem disso, que os meus melhores textos e comentários são provenientes de momentos de crise sentimental, momentos difíceis, os quais eu não desejo a ninguém.
Sendo assim, não quero causar mágoas a ninguém, só escrevo para desabafar, uma vez que eu não falo com muita pessoas, não me abro, não por não confiar, mas para poupar os outros das minhas mesquinharias, logo, dêem a relavância que acharem que eu mereço ao meu texto.
Obrigado.

Thursday, November 04, 2004

Um encontro. Um antigo amigo.


Hoje em mais uma das minhas caminhadas pelo meu mundo, me deparei com uma figura conhecida, em um primeiro momento, eu não sabia quem era, mas após os meus impulsos nervosos acharem a terminação nervosa da imagem daquela pessoa, reconheci, era um Antigo Amigo, chamarei-o assim por mérito de discrição.
Parei-o.
Comecei a falar-lhe, logo vi, fui reconhecido.
Eu falava, falava e falava, aparentemente, ou melhor, superficialmente, ele estava bem. Num primeiro momento fiquei contente por ver que uma pessoa cuja amizade tenho por estima está obtendo sucesso na formação do seu “eu profissional”, se empenhando para aperfeiçoar seus conhecimentos acadêmicos.Após um tempo, porém, notei que esse meu amigo não tinha brilho no olhar, seus olhos secos não possuíam mais lágrimas para expressar seus sentimentos, dentro de si, deveria ser uma pessoa amargurada, há tempos atrás ele não era assim, é como se ele estivesse no meio de uma briga, uma luta de boxe contra a vida, e tivesse apanhado muito nos últimos segundos, o que fizera com ele caísse, e hoje ele se encontra assim, caído, enquanto o juiz conta, e esses dez segundos são infinitos, são ilusórios, meu amigo tenta achar forças para se levantar e encarar a vida novamente de frente, mas tudo o que ele tem ao redor é um vazio, como se o nada tomasse conta da sua alma, motivos não possui, perguntas sem respostas, conseqüências sem causas, o que torna a sua busca difícil, pois como achar algo que não existe?
E foi então que ele me falou apenas “Meu caro amigo, só desejo uma coisa, sentar em baixo de uma árvore e chorar, despreocupada e casualmente, e ficar assim por um bom tempo, sem ninguém por perto pra eu ter de fingir que está tudo bem, ter que demonstrar uma falsa felicidade, não quero sorrir”.
Eu, Leandro Zago, não preciso dizer quem era esse meu amigo. Quem me conhece, o conhece.

Tuesday, November 02, 2004

Vocês não fazem idéia do que me aconteceu,


estávamos meu irmão e eu, sábado de madrugada vendo desenhos no Cartoon, quando começou a passar Dragon Ball GT, o episódio terminou e eu fiquei de queixo caído antes de dizer a seguinte frase para o meu irmão:

- Você tem idéia do que acabou de acontecer?

na hora ele ficou um tanto quando conturbado com a minha pergunta, respondendo que não sabia, e foi então que eu disse:

- A gente acaba de ver o último episódio de Dragon Ball, tipo, acabou, não há mais nenhum capítulo, já era, acabou a série! Num tem mais nada!!!

aí a cara que ele fez: 0.0

é galera, eu vi o último episódio de DBGT...
vocês tem idéia do que é isso???
muito foda...


PS: eu sei que esse meu post foi totalmente inútil para quem espera que eu escreva algo decente ou inteligente, é que isso foi tão marcante pra mim, eu pensei que nunca ia ver isso!!!
mas eu vi!

Bom, beijos e abraços, agora posso dormir feliz!!!
já vi o último epi de DB